como a Disney transformou os contos de fadas
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Como a Disney transformou os contos de fadas para o público moderno

Os contos de fadas fazem parte do imaginário coletivo de gerações. Mas você sabia que as versões que conhecemos hoje foram amplamente modificadas? Muito desse processo se deve à Disney.
Neste artigo, vamos explorar como a Disney transformou os contos de fadas, adaptando narrativas originalmente sombrias e violentas em histórias mágicas para o público moderno.

 

A origem dos contos de fadas

Os contos de fadas têm raízes na tradição oral. Por séculos, essas histórias eram contadas por adultos e para adultos, com o objetivo de transmitir valores morais e alertar sobre perigos reais.
Muitas vezes, suas versões originais eram repletas de violência, sexo, canibalismo e finais trágicos.

Com o passar do tempo, autores como Charles Perrault e os Irmãos Grimm começaram a registrar essas histórias, suavizando algumas partes, mas ainda mantendo um tom bastante sombrio.

 

A chegada da Disney

Em 1937, a Disney lançou Branca de Neve e os Sete Anões, seu primeiro longa-metragem animado. Foi um sucesso estrondoso e marcou o início de uma nova era para os contos de fadas.
Desde então, o estúdio transformou dezenas de contos em filmes que conquistaram crianças e adultos em todo o mundo.

Por que a Disney modificou os contos de fadas?

A adaptação dos contos tinha um objetivo claro: criar histórias que fossem:

  • Acessíveis a crianças
  • Universalmente compreensíveis
  • Positivas e inspiradoras
  • Rentáveis comercialmente

Elementos como violência explícita, sexualidade e morte foram eliminados ou suavizados. Em seu lugar, surgiram valores como amor verdadeiro, amizade, coragem e esperança.

 

 

As principais mudanças feitas pela Disney

 

− Enfoque nos finais felizes

Nas versões originais, muitos contos terminavam em tragédia. A Disney sempre buscou um final feliz:

  • Em A Pequena Sereia, a sereia original morre e vira espuma do mar. No filme da Disney, ela conquista seu amor e vive feliz.
  • Em Cinderela, as irmãs postiças mutilam os pés e são punidas. No filme, tudo termina em redenção.

Personagens femininas mais passivas (início das adaptações)

Nos primeiros filmes, como Branca de Neve e Cinderela, as protagonistas femininas eram retratadas como belas, puras e passivas, aguardando um príncipe para resolver seus problemas.
Esse padrão foi criticado nas décadas seguintes e passou a ser revisado nos filmes mais recentes.

 

Vilões caricatos

Para tornar os filmes mais leves, os vilões foram caricaturados:

  • A bruxa de Branca de Neve virou uma vilã visualmente grotesca.
  • Malévola foi originalmente uma figura unidimensional, até ganhar profundidade em filmes modernos.

Introdução de humor e personagens secundários

Personagens coadjuvantes como:

  • Os anões em Branca de Neve
  • O Gato em Cinderela
  • O grilo falante em Pinóquio

Foram criados ou reforçados para adicionar alívio cômico e aumentar o apelo junto ao público infantil.

 

Estética visual encantadora

A Disney investiu em design de produção, trilha sonora e animação para criar mundos visualmente mágicos.
Esse cuidado estético ajudou a eternizar suas versões como as “oficiais” para muitas gerações.

 

 

Impacto cultural das adaptações da Disney

 

Criação de um novo cânone

Hoje, para milhões de pessoas, as versões da Disney são as “verdadeiras”. Poucos conhecem os contos originais.
Isso demonstra o enorme poder cultural das adaptações da Disney.

 

Efeito nas gerações de crianças

As histórias da Disney moldaram a visão que crianças têm de conceitos como:

  • Amor romântico
  • Beleza
  • Bondade e maldade
  • Coragem

Por isso, as adaptações da Disney também geram debates sobre representação de gênero e padrões de beleza.

 

Evolução das adaptações: de princesas passivas a protagonistas ativas

Nos últimos anos, a Disney passou a revisar seu próprio legado:

  • Frozen colocou o amor entre irmãs no centro da história.
  • Valente mostrou uma princesa independente e corajosa.
  • Moana enfatizou liderança, aventura e identidade cultural.

Isso reflete uma maior preocupação com mensagens positivas e representativas para as novas gerações.

 

Conclusão

Como a Disney transformou os contos de fadas é um exemplo de como a mídia molda nosso imaginário cultural. Se, por um lado, as adaptações tornaram essas histórias mais acessíveis, por outro, distanciaram-nas de seus significados originais. Conhecer ambas as versões nos ajuda a apreciar a riqueza dessas narrativas.

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